Resenha Crítica
NICOLELIS, Giselda. L.
Predadores
da Inocência. Edição 1. Editora Quinteto Editorial. Pags: 168. Ano: 1998.
Giselda Laporta Nicolelis (São
Paulo, 27 de outubro de 2016) é uma escritora brasileira de literatura
infanto-juvenil. Suas obras abrangem mais de cem títulos, entre livros infantis
e juvenis, ficção, poesia e ensaio, publicados por dezenas de editoras, com
centenas de edições, e milhões de exemplares vendidos. Se formou em Jornalismo
pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero. No ano de 1972 publicou sua
primeira história, com o primeiro livro sendo publicado dois anos depois, em
1974. A partir de então passou a se dedicar à literatura infantil e juvenil.
Ela também exerceu a profissão de jornalista, trabalhando ainda como
coordenadora editorial, em duas coleções juvenis. Foi sócia-fundadora do Centro
de Estudos de Literatura Infantil e Juvenil.
O livro aborda dois assuntos
importantes: drogas e prostituição. A história acontece no contexto diário de
uma escola, onde uma menina chamada Anaíse passava drogas e aliciava garotas,
iludindo-as com a promessa de que se saíssem de suas casas para trabalhar com
ela em uma boutique virariam modelos. Seu sucesso veio ao conquistar a
confiança de uma colega, Oldinete, que ao cair em sua armadilha enfrenta uma
realidade oposta ao que havia sido prometido. Daí então, ela passa ser
investigada por conta do sumiço de Oldinete e seu comportamento estranho, fatos
que levam a descoberta pela policia de sua farsa.
No capitulo inicial do livro,
Suelen arruma suas malas e espera por sua mãe que não se agrada ao ser
surpreendida por sua filha com a ideia de sair de casa para trabalhar em uma
boutique. Essa proposta foi feita por uma colega que lhe persuadiu a morar com
ela com tudo pago, fato que gerou a desconfiança de sua mãe Valéria, não
permitindo que ela tomasse tal atitude. Valéria indignada com tal situação
partiu para cobrar a direção do colégio uma resposta sobre a tal garota e sua
proposta. A historia do livro prossegue com a procura de uma outra aluna,
Oldinete, que fugiria junto com Suelen e havia sumido sem dar satisfação.
Essa garota acreditou na proposta de Anaíse, que era uma aliciadora, saiu de
casa e logo depois percebeu que havia sido enganada e sequestrada para trabalhar
numa rede de prostituição.
Anaíse, era uma jovem bonita
que causava admiração de todas pelo fato de ser rica e sempre se vestir bem, e
usava essa situação para iludir as meninas prometendo uma vida semelhante a
dela com a possibilidade de quem a seguisse virar modelo ou se tornar famosa.
Seu comportamento, no entanto, era estranho. Isso causou a desconfiança da
diretora que decidiu vigia-la naquele mês. Uma grande investigação, iniciada
devido às desconfianças de Valéria, é realizada pela polícia.
Ao saber de toda a historia
que Suelen contou, sua mãe que trabalhava como secretaria para um doutor da
cidade resolveu desabafar com o mesmo, comovendo-o, o que levou-o a contratar
um dos melhores detetives particular para investigar o caso. Depois de um tempo
de observação Oldinete é resgatada pelo detetive Liu e volta para casa e parte
da quadrilha é desbaratada. Vale lembrar que uma gangue de rua, conhecida como
Gangue das 13, - formada por 13 garotas voltadas para a prática do bem - foi
informada por Suelen do caso e contribuiu para descobrir a localização da
quadrilha para qual Anaíse trabalhava.
Com a leitura do livro, é possível perceber que os
temas que parecem estar tão distantes, as vezes estão mais próximos do que
imaginamos. Presentes no nosso dia a dia, fazendo parte da rotina de
muitos. Os assuntos abordados servem
para conscientizar os jovens da atenção que se deve ter às propostas fáceis e
ao uso errôneo de substâncias toxicas que só levam a prejuízos e causam
consequências trágicas.
Portanto, penso que o livro é de extrema
importância, pois alerta a sociedade de maneira geral para o perigo que muitas
vezes está escondido e ao mesmo tempo embaixo de nosso nariz.